Que rei sou eu!
Que rei sou eu
Sou riacho sem água
Rio sem peixe,
Mar dessalinizado...!
Sou o típico veleiro a ermo,
que esmo, vento que sopra...
... Sem rota ou direção...!
Flecha avulsa, dum arco, que em cheio...
... o coração magoou.
Sou a opaca luz, do luar...
Luar que não mais inspira...
...A conjugação, do verbo, amar...!
Sou calda dum cometa, que em chamas...
... o cometa abrasou...!
Sou o verso, inverso da poesia.
Caneta que a tinta secou...!
Sou a única lágrima, que da face rolou...
Apesar de tudo, contenho ainda....
... Recordações e lembranças...
Sei que num pretérito, não muito distante...
Você, você muito, me amou...!
Adilson TinocoQue