EFÊMERO

Efêmero

Impotente

Me rondo

Já não sinto a brisa

Quando a noite me toma.

Ando com o coração nu

E pés de andarilho.

O vazio me preenche em lágrimas

E o deserto se faz

dentro dos porquês.

Porque tudo é tênue

E tem o brilho efêmero

Tal qual o desejo

Que se foi ao vento.

Marina Barreiros Mota