A CONQUISTA

Eis que um dia chega ao fim a doce juventude

Idade em que o amor é revestido a descobertas

Em que a razão manda e o coração tem atitude

Época em que a emoção liga o tal sinal de alerta

Lembrei quando mergulhei de cabeça no amor

De quando era jovem e imaginava tudo eterno

Com o tempo me contive, tinha medo do rancor.

Tristeza que carregava recordando cada término

Não existe forma certa, uma receita da conquista.

Sem ter tempo, sem ter dia, momento, ocasião.

Amar é um invento concedido a nós, artistas.

E o impossível será sempre só questão de opinião

O amor que flui em mim, água pura da nascente.

Que limpa internamente e nos faz ficar felizes.

Amar é viver ao vento, nos tornando inocentes.

Pra que isso faça efeito é preciso fincar raízes.

Rega-las com carinho esperando seus bons frutos

Sendo então eternizados nas mais belas poesias

Escritas com muito esmero feito diamante bruto

Desta forma tão singela nem Drummond declamaria

Uma árvore do amor, com seus troncos ostensivos.

Todos têm que ter sustento, de confiança e lealdade.

O que move sentimentos é o que nos oferece abrigo.

Com o longo passar dos anos, suportando a vaidade.

É triste ver quando alguém perde a fé na vida a dois

Quando diz não mais amar logo após a dura queda

Quem para não saberá o que o futuro traz depois

Que tira de seus caminhos todas aquelas pedras

Apesar de ser antigo, o amor sempre é tendência.

Exposto na vitrine de quem sempre deseja tê-lo.

Pode ser que bata forte, machuque sem ter clemência.

Mas o amor é imponente e senti-lo jamais terá preço.

Adhemar Henrique e LC Ferreira
Enviado por Adhemar Henrique em 19/03/2018
Reeditado em 19/03/2018
Código do texto: T6284658
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