Inseto Noturno

.

.

.

O céu se veste de luar... Agonizo

a falta do seu sorriso,

O peito se perde em mágoa

Os olhos se fecham rasos d’água.

O luar branco como a neve

entre as estrelas, tão leve,

assiste a minha dor

e sorrir, às vezes, parece.

A solidão me endoidece.

Oh! Noite escura, maldita!

Faz-me da tua beleza, um réu

Abre-se como uma renda

a cobrir o céu com seu véu,

eu a sangrar amargura

em tristes versos de fel.

De sofrer, minh’alma grita

Conto cada estrela que desce

O sol já está por perto

da lua então me despeço

agonizando esses versos

feito um noturno inseto

que não voa... Se rasteja

até que o dia amanhece.