O Amor, a Morena e a Viola...
Quando ele tirou o violão
De cima do guarda-roupa
Lua eu até passei batom
Nos contornos da minha boca
Era a vontade de vê-lo inundado de sentimentos
Ou quem sabe...
Finalmente alguém me vendo por dentro
Mesmo que pareça insano acreditar
E que ninguém mais cultive floreiras na janela
Água morna não serve nem para fazer chá
Serenata de outrora é o que desejava essa Cinderela
Sentei-me a frente dele com delicadeza
Embriagada de romantismo
Usando um par de botas e um punhado de franqueza
Ele sentou-se num banquinho a meia luz
Soltei meus longos cabelos
Não sei se seduzo a música
Ou se é a música que me seduz
Cravei meus olhos negros naquele olhar senil
E com tristeza percebi
Que ele tinha mais mulheres
Do que políticos corruptos no Brasil
Me levantei em meio a platéia
Formada pelos Imortáis
E chorando como uma plebéia
Corri em desarvorada carreira pelos canaviais
Chovia forte e os raios riscavam o céu
Mas juro que nem rastro no chão deixaria Raquel
Um escorregão no pasto molhado
E o simples vestido de renda
Se rende ao corpo grudado
Ele nunca irá saber
Que quem de verdade o ama
É essa moça ali deitada na grama
Nas noites de enorme solidão
Ele dedilha seu violão
Sem saber...
Que alguém por ele chora
Abraçada com uma viola
Ás vezes ela olha-se no espelho
Com a inocência de quem vê o pecado
Enquanto ele acorda assustado
Pensando ter ouvido um ponteado
Mas foi só uma impressão
Ele nunca vai gostar de uma moça criada no sertão
Pois ele tem tudo que o dinheiro pode comprar
Mas mesmo assim ele também ás vezes chora
Sem saber que deixou para trás
Mais precisamente na cidade de Batatais
O amor, uma morena e uma viola...
Quando ele tirou o violão
De cima do guarda-roupa
Lua eu até passei batom
Nos contornos da minha boca
Era a vontade de vê-lo inundado de sentimentos
Ou quem sabe...
Finalmente alguém me vendo por dentro
Mesmo que pareça insano acreditar
E que ninguém mais cultive floreiras na janela
Água morna não serve nem para fazer chá
Serenata de outrora é o que desejava essa Cinderela
Sentei-me a frente dele com delicadeza
Embriagada de romantismo
Usando um par de botas e um punhado de franqueza
Ele sentou-se num banquinho a meia luz
Soltei meus longos cabelos
Não sei se seduzo a música
Ou se é a música que me seduz
Cravei meus olhos negros naquele olhar senil
E com tristeza percebi
Que ele tinha mais mulheres
Do que políticos corruptos no Brasil
Me levantei em meio a platéia
Formada pelos Imortáis
E chorando como uma plebéia
Corri em desarvorada carreira pelos canaviais
Chovia forte e os raios riscavam o céu
Mas juro que nem rastro no chão deixaria Raquel
Um escorregão no pasto molhado
E o simples vestido de renda
Se rende ao corpo grudado
Ele nunca irá saber
Que quem de verdade o ama
É essa moça ali deitada na grama
Nas noites de enorme solidão
Ele dedilha seu violão
Sem saber...
Que alguém por ele chora
Abraçada com uma viola
Ás vezes ela olha-se no espelho
Com a inocência de quem vê o pecado
Enquanto ele acorda assustado
Pensando ter ouvido um ponteado
Mas foi só uma impressão
Ele nunca vai gostar de uma moça criada no sertão
Pois ele tem tudo que o dinheiro pode comprar
Mas mesmo assim ele também ás vezes chora
Sem saber que deixou para trás
Mais precisamente na cidade de Batatais
O amor, uma morena e uma viola...