Vem à estância galponeira o trigo a ouro,
o sol respirar-lhe os cabelos
Não bastasse essas estampas graves,
de gestos fervorosos e olhar tranquilo,
necessitas-te rio, que lavra e refresca,
ocupando tudo em derredor
[ Ah e eu amo, dolorosamente ]
Algo queima-me por dentro,
enflora o sangue já tão vencido,
desde a loucura do corpo aos incêndios da alma
... Difícil não ceder à voragem sangrando a terra...
E amo, mais que tudo,
a forma como ardes em tua própria violência .
Tela - Leonid Afremov