Eclipse literis

Olhos da mulher por debaixo da luz

São olhos de eclipse

e não são azuis

Vez por outra

ouço gotas

escritas em lençois de alumínio

Descobertos

Tudo por teu domínio

Antes do jantar

em sala feng shui

vejo_creio_

e não te entendí

Tergiversando_após sobremesa_

tudo que pedi

conversa em versos

na penumbra que não te alumia

Bocejei minh´alma

na calma de uma agonia

Cacos são recolhidos

Eram lírios brancos

Tão francos quanto a cor escolhida

Hoje choveu

tanto você e nem sei se eu_se é que somos_

aguamos em córregos encruzilhados

Isso somado tão nada é

Deixamos para trás

todo futuro circunspecto

todos os sonhos guardados em minha caixa

gastos com meu afeto

Posso ir embora_embora não pareça_

o eclipse não está mais lá fora

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 24/10/2005
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