Eclipse literis
Olhos da mulher por debaixo da luz
São olhos de eclipse
e não são azuis
Vez por outra
ouço gotas
escritas em lençois de alumínio
Descobertos
Tudo por teu domínio
Antes do jantar
em sala feng shui
vejo_creio_
e não te entendí
Tergiversando_após sobremesa_
tudo que pedi
conversa em versos
na penumbra que não te alumia
Bocejei minh´alma
na calma de uma agonia
Cacos são recolhidos
Eram lírios brancos
Tão francos quanto a cor escolhida
Hoje choveu
tanto você e nem sei se eu_se é que somos_
aguamos em córregos encruzilhados
Isso somado tão nada é
Deixamos para trás
todo futuro circunspecto
todos os sonhos guardados em minha caixa
gastos com meu afeto
Posso ir embora_embora não pareça_
o eclipse não está mais lá fora