O Amor verdadeiro



Amor que tanto desfaço
Disfarço, me deixo enganar
Na dor que enlaça meu pranto
Aperta o nó do amar!

Solto as amarras terrenas
Sorvo um veneno pra dor
Inebria então bebo outro copo
Á esquecer este, que não era o amor!

Entendendo quão difícil é a vida
Se fácil, finjo e de fino me escapo
Pra não me emaranhar novamente
Alimento meu medo e assim não recaio!

Descobrir um sincero é dádiva ou sorte
Ser premiado será um, dentre mil
O volúvel se esvairá feito gelo no quente asfalto
Mas se não derreter, eis que o amor verdadeiro surgiu!