VINTE E DUAS E TRINTA E CINCO

São vinte e duas e trinta e cinco

De baixo do barraco de zinco

O domingo chegando ao fim

A escuridão toma conta da rua

Porque esta noite não tem lua

Não tem paquera no jardim

E eu pergunto, e agora?

Onde é mesmo que ela mora?

Eu respondo pra mim mesmo

Da escuridão do meu jardim

Fico olhando o horizonte sem fim

Na solidão pensando à esmo

Como o tempo descamba

Eu já ando de perna bamba

Não quero saber de bengala

Sinto-me como se fosse um menino

Escondendo-me do destino

Sentado num canto da sala!

Escrito as 22:15 hrs., de 11/03/2018 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 11/03/2018
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