Ode à velhice

Aprendi com a velhice,
A identificar a canalhice,
No olhar que me rodeia.
O tempo da ingenuidade,
Se transmutou com a idade,
Que não se prende em cadeia.

Preso estou, no olhar vazio,
Como o odor de um cio,
Que se espalha no ar.
Não existe mais velhice,
Embora atento à canalhice,
Que quer sempre, explorar.

Esse é o mal da humanidade,
Que cultivou a maldade,
Como rosa, em um jardim.
O que para os outros, se quer,
Não vale, um tostão, sequer,
Nem um milhão, para mim!