A noite é côncava. E bela, com cristais afundados às paredes
   E leve... leve como a brisa... leve como a agonia
   À noite os sentidos rodam o dorso das horas,
   respiram os espelhos interiores, incendeiam as salas da memória
   A noite é um punhal cravado no tempo do peito
 
   Ahhh... E ela agrava o sangue, beija a pele, salga a nudez
   e o desejo bate às portas do poema
   E eu penso nele, [ a quem jurei a alma ]
   Sua imagem segue cingida às minhas estrelas !

   Sim eu o desejo ! Sim eu o quero, agora, para além das letras !
   Quero o beijo mudo sem palavras, a insônia dos lençóis,
   o café com a manhã pelo meio,
   rés... rés... num pulso roçando o céu .



 





Ouvindo... 


DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 06/03/2018
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