O Amor Que Conheci Em Belo Horizonte
Foi naquela grande capital que a vi
Foi naquela grande cidade que me conheci
Não estávamos sozinhos,
Mas eu sentia que ela estava só comigo
Não fora algo comum de acontecer,
Mas me senti diferente quando nos conhecemos
Algo impossível, mas que aconteceu sem querer.
Parque municipal, meu lugar preferido de lá
Estava apenas observando os peixes
Acho que meu corpo só queria descansar
Descarregar o estresse que tenho às vezes
Eu estava procurando a paz, e encontrei algo mais.
Em um simples banco de madeira, nada especial
Poderia ter chovido, mas o dia fora normal
Não me era prometido nada, e eu estava tranquilo
Me sentei procurando meditar,
E encontrei o que eu nem mesmo estava a procurar
Não acordei aquele dia pensando que iria me apaixonar,
Mas aconteceu, rápido quanto o piscar
O meu coração disparou, como um tiro de uma ak
Eu só pensava quais eram as probabilidades,
Quando me dei conta, lá estava eu, a me declarar
Tudo o que consigo lembrar é dos textos que escrevi
Um deles eu até disse que meu amor era grande como o mar,
Como alguém entregado que já não enxergava mais nada
Tudo por conta daquele encontro, e da situação inusitada.
Ela estava com as amigas, em uma mesinha de pedra
Um jovem estava no meio delas, com um violão
Ela parecia estar mais afastada, mais na dela,
Talvez em seu próprio mundo da imaginação
Sua distância com as amigas foi aumentando,
E ao meu lado ela foi se aproximando
Eu, como um rapaz só, estava a sós com meus pensamentos
Preenchendo os vazios do caderno, sentindo o vento
Quando me virei, a vi próxima a mim, a pouco tempo
Um bom dia, educado, e, de repente, éramos conhecidos
Falas e mais falas foram depositadas em nossa conversa
Eu acabei por ficar um tanto quanto entretido,
Não só pelo sorriso, mas pelas suas ideias.
Com um pedido meigo, a deixei ler meus textos
Não consegui negar, creio que também não queria
Ela leu, um a um, com um olhar preciso
Percebi que, durante sua leitura, ela demonstrava alegria
Ou eu estava só querendo que ela gostasse deles, não sei
A cada página virada, ela me olhava e suspirava
Pensei que eu havia escrito uma fábula encantada,
Pois, no fim, eu a chamei de princesa, por quê?
Vai saber, talvez eu só estava a muito tempo no sol
No fim do dia, horas depois do meu elogio, ela me ligou
Me assustei, tinha me esquecido que havia passado meu número
Hoje ainda converso com ela, até escrevi um texto romântico
Claro que fora totalmente dedicado a quem eu conheci em BH
E que hoje compartilha minhas noites estreladas.