MEU IMENSO VAZIO

Ainda lembro,tremeram as minhas bases,
pois não conseguia encontrar as frases
aquela tristeza, todo o meu viver vestia.
Como me encontrava naquele delírio
na farmácia da vida, não existia o colírio
para por um ponto final, na triste poesia.

Com a alma, o coração, e a vida doente,
levaram as forças, tambem ficou ausente
não veio na memória nenhuma canção.
Meu viver se tornou uma natureza morta,
vi fechando as janelas,e a última porta,
fui um prisioneiro,da palavra recordação.

Nunca esperava, que o fim daquele namoro
pudesse gerar numa vida, amargura e choro,
meu sorriso secou, com o tremendo estio.
Mancha na juventude, no verdejante horto
nada mais existiu,ficou árido e tudo morto,
ela levou tudo, só deixou o imenso vazio.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 03/03/2018
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