A LUZ DE TEU OLHAR...
(Red River, Um de Março, de 18)
Caminhando na praia, atrás das dunas
Vi, ao longe, lá bem distante,
Por sobre o mar e entre brumas,
A forte luz de um barco errante.
Quem estaria, sob as estrelas,
A navegar na noite escura,
Buscando um sonho em meio às ondas
Ou um amor, por entre prantos?...
Subi ao céu em pensamento
E lá do alto eu pude ver,
Naquele barco, teu lindo vulto
E aquela luz em teu olhar.
Meu coração bateu bem forte,
Queria, o mar atravessar
E abraçar, por um momento
E sem lamentos eu te beijar.
Então surgiu no horizonte
A grande lua a clarear,
A espuma branca na praia triste
E o lindo barco a se afastar.
Partiu contigo, meu coração,
Ficou comigo muita lembrança
E a dor no peito de uma paixão,
Mantinha acesa uma esperança...
Nas outras noites de lua cheia,
Olhava o céu, não via a lua,
Só via o barco, que à mancheia,
Semeava o amor que eu queria,
E um terno beijo na poesia...
Claudio Spiazzi
(Ordem dos Poetas do Brasil)
NOTA DO AUTOR: algumas vezes, ao ler um poema, uma pequena janela se abre na alma do poeta, mostrando outro, lá dentro, que vertemos no papel.
No mundo poético, as coisas funcionam mais ou menos assim: leituras de almas e de sentimentos.
Esta é a história deste poema...
(Red River, Um de Março, de 18)
Caminhando na praia, atrás das dunas
Vi, ao longe, lá bem distante,
Por sobre o mar e entre brumas,
A forte luz de um barco errante.
Quem estaria, sob as estrelas,
A navegar na noite escura,
Buscando um sonho em meio às ondas
Ou um amor, por entre prantos?...
Subi ao céu em pensamento
E lá do alto eu pude ver,
Naquele barco, teu lindo vulto
E aquela luz em teu olhar.
Meu coração bateu bem forte,
Queria, o mar atravessar
E abraçar, por um momento
E sem lamentos eu te beijar.
Então surgiu no horizonte
A grande lua a clarear,
A espuma branca na praia triste
E o lindo barco a se afastar.
Partiu contigo, meu coração,
Ficou comigo muita lembrança
E a dor no peito de uma paixão,
Mantinha acesa uma esperança...
Nas outras noites de lua cheia,
Olhava o céu, não via a lua,
Só via o barco, que à mancheia,
Semeava o amor que eu queria,
E um terno beijo na poesia...
Claudio Spiazzi
(Ordem dos Poetas do Brasil)
NOTA DO AUTOR: algumas vezes, ao ler um poema, uma pequena janela se abre na alma do poeta, mostrando outro, lá dentro, que vertemos no papel.
No mundo poético, as coisas funcionam mais ou menos assim: leituras de almas e de sentimentos.
Esta é a história deste poema...