Reticências...
São tantas as reticências que cabem na poesia,
talvez de uma noite de amores ao aproximar-se
o dia, ou de amores sonhados, esperados, que
não se amaram mesmo passadas tantas noites e
tantos dias... é reticente a poesia, em tantas
noites e tantos dias. Talvez um beijo, apenas
singelo beijo, seja inalcançável nas reticências
de um querer que sobrevive em poesia, que viaja
e fantasia nas entrelinhas de um verso de amor.
...tão reticentes são os amores recentes, que com
o tempo ressentem-se e pelo óbvio, que lhes
sufoca, nem mais reticentes conseguem ser...
Reticências, reticências; subterfúgios do poeta
que ao deixar rolar, mesmo ao sabê-lo, não quer
contar e não contando induz à pensar que já
contou e encantou...talvez apenas desencantou.
Tão reticente és tu poeta em tua poesia...de amor.