Reticências...

São tantas as reticências que cabem na poesia,

talvez de uma noite de amores ao aproximar-se

o dia, ou de amores sonhados, esperados, que

não se amaram mesmo passadas tantas noites e

tantos dias... é reticente a poesia, em tantas

noites e tantos dias. Talvez um beijo, apenas

singelo beijo, seja inalcançável nas reticências

de um querer que sobrevive em poesia, que viaja

e fantasia nas entrelinhas de um verso de amor.

...tão reticentes são os amores recentes, que com

o tempo ressentem-se e pelo óbvio, que lhes

sufoca, nem mais reticentes conseguem ser...

Reticências, reticências; subterfúgios do poeta

que ao deixar rolar, mesmo ao sabê-lo, não quer

contar e não contando induz à pensar que já

contou e encantou...talvez apenas desencantou.

Tão reticente és tu poeta em tua poesia...de amor.

fabio fernandes
Enviado por fabio fernandes em 01/03/2018
Código do texto: T6267370
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