QUANDO DIZES DO SENTIR QUE TE ASSOLA.

Quando dizes do sentir que te assola

Minha alma sente o frio do abandono

E meu corpo parece cachorro sem dono

Uma criança vagando a caminha da escola

Mas que preserva em seu ser ainda um sonho.

Meu eu tristonho deságua no pensar

Que um dia ainda nos encontraremos

E certamente ainda iremos nos beijarmos

Salientando nossos desejos mais ardentes

Que desde sempre estão latentes no olhar.

Quando me deito o travesseiro é espinhoso

Sem teu perfume queima mais do que urtiga

Eu me recordo do teu jeito carinhoso

E não te esqueço ó minha doce rapariga

Nós nos amávamos exalando muito fogo.

Sem ti os meus dias parecem eternidades

O meu semblante aparenta de um defunto

Eu já perdi o frescor da mocidade

Lembro de ti e logo eu mudo de assunto

Caso contrário eu sucumbo de saudades.

Se algum dia Deus conceder-me plena graça

De te encontrar e poder te amar de novo

Tu certamente voltas a ser minha cachaça

Juntos seremos clara e gema de um ovo

Que não nasceu para que fosse desmembrado.

Boa tarde Guida, teus versos narrando este sentir de profunda magnitude, incitou a minha pacata poesia, parabéns pelo vosso envolvente poema, MJ.

PUBLICADO NO FACE EM 27/02/2018