Um na noite
Depois, deixo no escuro
a verdade inteira
o canto da noite onde,
sem regras, nos amámos.
Perdi a memória do teu cheiro
e já não te aguardo para fingir que não existo
obscuro e anónimo,
corpo inteiro do teu gozo.
O que dizias não valia.
Era escuro.
No meio de nada,
por pouco tempo,
tudo o que achamos nos pertence.