Um na noite

Depois, deixo no escuro

a verdade inteira

o canto da noite onde,

sem regras, nos amámos.

Perdi a memória do teu cheiro

e já não te aguardo para fingir que não existo

obscuro e anónimo,

corpo inteiro do teu gozo.

O que dizias não valia.

Era escuro.

No meio de nada,

por pouco tempo,

tudo o que achamos nos pertence.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 26/02/2018
Código do texto: T6265096
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