A ÚLTIMA VALSA

O presente poema foi inspirado em um fato real narrado pelo jornalista e historiador Max Hastings, em seu livro “INFERNO” (pág. 519), sobre o martírio de jovens judeus, especialmente um casal: Szmulek Goldberg e sua amada Rose e seu último encontro.

Era seu primeiro e último baile

Era também

Sua primeira e última valsa

Nos braços de sua amada.

Nunca mais haveria

Outra dança

Restará apenas uma lembrança

Que a dor apagará

Com cruel redundância

Derrotando a esperança.

Te levarei em meu coração

E nem mesmo toda a punição

Retirará de mim essa paixão.

As agruras e o sofrimento

Não vencerão esse sentimento

De saber que a maldade

Sobrepujará tua docilidade

E que essa noite de encantamento

Jamais sucumbirá

Ante o tormento,

E todo o lamento,

Pois terei teu sorriso

Eternamente

Em meu pensamento.