DEBAIXO DAQUELAS ESTRELAS
Debaixo daquelas estrelas
Eu sonhei contigo
Sem saber teu rosto
Ou qual era o teu sorriso
Debaixo daquelas estrelas
Eu cantei pra ti
Sem saber onde morava
Ou se também pensava em mim
Debaixo daquelas estrelas
Eu te disse sim
Naquela noite fria
Enquanto os outros passavam lá na rua
Nossos corações se aqueciam
No olhar, na alegria
De uma intensa paixão
Que nasceu primeiro
No teu coração
Debaixo daquelas estrelas
Nos beijamos
Entregamos nossas vidas
A um novo plano
Debaixo daquelas estrelas
Nos amamos
Fizemos votos eternos
Alianças trocamos
× SCARLETT ×
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Sob as estrelas...
Olhares se tocam ardendo...
Chamas as vezes atrasadas...
Nem por isso menos intensas...
E o Amor a rolar, rola no momento certo...
... Belo esse Céu, te abraço...
× WALTER DE ARRUDA ×
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A lua a emergir-se n?alvorada do horizonte marítimo
Da doce brisa a afagar nossos corpos nus
E acima de nossas cabeças...
apenas ela...
a lua... e as estrelas
Intemporal movimento da vida
O qual não se definia por palavras
Fazia-se preciso sentir...
sem nomear... ou rotular
Como infelizmente tanto fazemos... para tudo
Oh, que pena!
E ali... naquele mágico instante não se permitia regras
Nem leis... nem protocolos.. nem ditames
Nada... nada... nada...
Para a vida que é essencialmente anárquica
E assim estávamos... somente nós dois
Ali... literalmente despidos..
e com nossas almas também despojadas
Inseridos num mundo que não mais existia
Ao que deixávamos banhar pelas águas do oceano
Das espumas a que se desenhavam em nossas peles
E rolávamos n?areia às gargalhadas... quais inocentes crianças
E não éramos?
E as estrelas também riam.. no cintilar de seus brilhos
Ah, as estrelas!
Nossas testemunhas... mas também companheiras
E o frescor noturno a abençoar aquele sagrado momento
Ao que se comungava com o gralhar das gaivotas
Tempo místico... e único... que não mais se repetria
E nele não havia a moral hipócrita do sagrado mundano
Para a qual todo prazer é pecado...
E todo o gosto deve-se ser, pois negado...
Não, nada disso!
Nada de proibido
Aliás, não havia lá sequer um pensamento
Criado para discriminar... julgar... condenar...
Ai, como é bom ser livre!
A permitir nossos lábios se dançarem entre si
A deixar-nos diluir na expressão daquele tempo
Em que nossas mãos pincelam, pois o verdadeiro amor
De corpo e alma
Nos olhares que se fixam... nas carícias de nossos afagos
Naquela mútua comunhão entre dar e receber... sem medo
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Ai, como é bom ser livre!
A permitir nossos lábios se dançarem entre si
A deixar-nos diluir na expressão daquele tempo
Em que nossas mãos pincelam, pois o verdadeiro amor
De corpo e alma
Nos olhares que se fixam... nas carícias de nossos afagos
Naquela mútua comunhão entre dar e receber... sem medo
E acima de nossas cabeças.. apenas as estrelas
A que as Três Marias, juntamente com as Plêiades nos contemplavam
Ah, como era bom estar com elas!
Sem nada para definir ou negar
Vida expressão!
E só!
E se as estrelas riam de nossa liberdade
Também sorríamos para elas... como a lhes dizer:?
Descem, pois daí de cima... e vêm para cá... brincar de fazer amor?Quem sabe um dia... ao que elas nos disseram!
x Paulo da Cruz x