Eu queria

Eu queria bailar com as árvores

Sempre que o vento assoprar

Eu queria voar com os pássaros

A cada mudança de uma nova estação

Eu queria viver uma vida tranquila

Abarrotado de paz no coração

Ser os trilhos do trem da bondade

As abelhas daquele jardim colorido

Fazer parte do pomar mais doce da Terra

Ir aos confins do inimaginável

Chegar lá e perceber que a vida sim valeu a pena

Ser as palavras de poetas dos quatro cantos da orbe terrestre

Acalentar, acalmar, adocicar e amar cada alma que me lê

Eu queria reconciliar as brigas de casais

Dar a confiança aonde não existe mais

Doar o que mais belo se tem no amor

Eu queria ser a paz nas guerras

Ser o autor dos livros didáticos de história

Aonde não houvessem matança e a destruição

Ser a ponte para a verdade

Levar os perdidos para um recanto aprazível

Matar a fome com toda força

Extinguir a indiferença e riscar ela dos relatos da humanidade

Ser a hegemonia do zelo

Fazer das dificuldades meras piadas

Eu queria dar um copo de café nas manhãs frias

O cobertor para o jogado ao léu

O abraço para o carente

O carinho para aquele que sofre sozinho

Eu queria desenhar o céu azul depois de uma impetuosa tempestade

O nascer do sol depois do pior dia da vida de alguém

Eu queria injetar a dose mais forte de amor nos doentes

Eu queria falar poesia em um idioma universal.

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 20/02/2018
Reeditado em 26/02/2018
Código do texto: T6259415
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