Aquarela do beijo
Olhar atraente como um néctar para uma abelha
Assim eu retribuo com piscadelas feito mel
Tão doce é o fitar já pela manhã serena
Com o luzir do pôr do sol
Me acaloro ao ter o deleite em vê-la
Com sons vindo do meu estômago
Que se assemelham a borboletas apaixonadas
Meu olhar entrega o que se passa no íntimo
Não posso e não consigo parar de mirar em você
Esse olhos azuis feito um céu índigo
Num fim de tarde de verão
descoberto de qualquer nuvem
Só você e eu nesse retrato que simboliza o genuíno amor
Sua linda voz me agracia, sua beleza estonteante condecora a palavra mais bela
Vejo-a em meu jardim que é um paraíso
Desnuda de qualquer timidez e não querer
Longínqua dos empecilhos que um dia nos atravessou
Lá, eu pego em suas mãos macias
Aproximo de ti, como a aragem vinda do mar
Pego-a pela cintura, e olho para dentro de sua afável alma
Com toques de seda, a mostro o caminho conseguinte
Acaricio os cabelos, aliso seu amável rosto
E emudecidos pela atração, trêmulos pelo vapor do amor
Nossos olhares se fundem, alumiam um ao outro
Cada centímetro aproximado, o olor da paixão ferve
Cada milímetro mais perto, a centelha dispersa
E mais do que esperamos, mais do que desejamos
Vem a tona o beijo que nem o mais cinematográfico poderia competir
Nossos lábios se ligam, unidos como as estrelas ao universo
Como a lua a noite, como um passarinho ao seu voar
Costurados em um fulgor intenso, inexplicável
Naquela tela pintada com aquarela dos mais belos sentimentos que existiram.