A MUSA DO MEU PARNASO (*)
Eu e tu somos dois lírios
Na encosta suave do monte
Nossos olhos são dois círios
Que iluminam o horizonte.
Doce visão, com delírios,
Correndo o suor pela fronte
A alma aguenta os martírios
Que tornam difícil a ponte.
Passo meus dias contigo
E nada acontece ao acaso
És minha flor, meu abrigo,
E a musa do meu Parnaso.
Sou poeta e gosto de flores
Tanto como gosto de ti
Somos dois lírios d´amores
Como eles assim nunca vi.
Duas vidas e uma razão,
Entre elas um só coração!
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA
(*) – Pintura lírios, de Massimo Esposito