Horizonte

Seus olhos fixos no horizonte

Tentando adivinhar as léguas

Que o separavam do seu jardim

Ele sabia que era distante.

Mas calculava mesmo assim

Sem fazer contas ou usar réguas

Com a precisão de um amante

E com a pressa de um colibri.

Galgando rios e todo monte

Pisando as flores que nascem ali

Fez ficar perto o que era longe.

Fez o ilusório chegar ao fim

E com a sede de um fiel monge

Beijou a rosa do seu jardim.

GCFrazão
Enviado por GCFrazão em 17/02/2018
Código do texto: T6256096
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