SOFRENDO POR AMOR
Impetuoso vento da paixão
Nos turbilhões de mil pensamentos a me sacudirem... todo o tempo
E assim a arrastar esta então minha mente quais impiedosos ciclones
A me atirarem para bem longe... de mim mesmo
Condenando-me agora a duros tormentos
Desta minh'alma sufocada de dores e lamentos
Qual folha a de desprender d'árvore...
E deste modo, seca a se deixar aleatoriamente se levar ao vento
E destarte a tirar os meus pés do chão...
Oh, e como me machucam!
Deste amor dia e noite... a roubar o meu sono...
A também sequestrar minha escassa paz...
Mas, seria em verdade, pois amor... ou somente pura ilusão?
Ah, e esta tempestade que não passa!
E quanto se prolonga!
Da vida a que eu rogo neste instante por clemência e piedade...
Todavia, estaria ela neste momento surda para mim?
A permitir que me afogue em minha triste angústia?
Ao que então me pergunto:
Oh, e então, o que farei?
Desta minh'alma que grita e berra ante o furioso ímpeto de seus desejos
E confusa se encontra sem saber... se quer mesmo, pois este amor...
Ou se deseja que ele vá embora... para sempre...