Poem(a)mor

Há poesia

no muro passado à grafite

a cal e maresia:

sonda-me um palpite.

A arte manha o ato

o peito nu aflora no esteio

palpita o pensamento nato

no cimo de teu intumescido seio.

Vigora a flor do teu sexo

um regato, colina, uma angra

um regalo, espelho dágua reflexo

exprime desejo, alma reverbera e sangra.

Em teu êxtase exilado

beberico em agonia o beijo ávido

morro docemente e extenuado

e, ao final de tudo, sobrevivo impávido.

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 15/02/2018
Código do texto: T6255050
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