Eu não quero!

Os teus beijos tinham um, não quero!

Que arrepia-me até hoje só de pensar.

O teu não era um sim!, maravilhoso!

Que a cumplicidade dos teus olhos não negavam

Era mais ou menos um...quero ver se tu me pegas!

Os meus lábios chegavam aos teus lábios

Sempre com os olhos fechados, nunca entendi por que.

Era um lugar perigoso, incandescente

Gostoso de passar o tempo mordiscando até adentro deslizar.

O meu defeito tu conhecias bem

Eram as minhas mãos calorosas

Que não paravam quietas

A esquerda ia pra cima

A direita voltando pra baixo.

Num vai e vem frenético

Pareciam persistentes como as ondas do mar.

Eu na verdade procurava escultuar os teus encantos

Compactar as batidas dos nossos corações.

Pois sabia que até na hora da maré cheia

Eu podia ainda me controlar

Ver tu dizeres palavrões de amor

Era delicioso, logo tu tão recatada!

Dizendo aonde eu deveria chegar

E por quanto tempo ficar.

...É, assim foi

Não é mais, mas já foi

Tu não podes negar!

Aonde estás nesses últimos tempos?

Que caminhos tomastes,

Ouvistes as nossas músicas novamente?

Tens amado mais, tem sofrido, és feliz?

Eu, muitas coisas eu vivi

Se amei novamente? Sim

Alguns amores que pareceram também eternos como o nosso.

Quantos amores, quantas luas

Quantos mares gelados

Molharam o meu corpo, e quantas areias pisei.

Na tua ausência eu fui tão feliz

E tão infeliz quanto se pode ser.

Mas eu tenho que confessar

Lembrando aquele teu... eu não quero!

Arrepia-me até hoje, só de pensar!

Robertson
Enviado por Robertson em 13/02/2018
Reeditado em 19/05/2018
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