O MEU JARDIM

Aquele pequeno espaço, maltratado,

Clamava pela chuva que não vinha,

E pedia ao jardineiro que ali chegou,

Adubasse a terra ressequida

E após recomposta todo seu viço,

Sementinhas fossem jogadas aqui e ali.

O jardineiro escolheu sementes conhecidas,

Com as quais sabia germinariam formosuras,

Uma rosa com pétalas macias na cor vermelha,[

Ou o cravo que logo derramaria seus perfumes,

E para complementar a obra de parte pretendida,

Sementinhas de girassóis se abrindo garbosos,

E suas pétalas acompanhassem a evolução do sol.

Criou num tronco de uma árvore frondosa,

Ambiente propício para germinarem as orquídeas,

Cores deslumbrantes para se tornarem vaidosas,

Nas cores vermelhas mescladas com o branco,

Ou num azul tao intenso como as cores do céu,

Até que todas se entrelaçaram com suas raízes.

Regava as sementinhas que já apontavam curiosas,

E em forma de botões foram se abrindo preguiçosos,

E ao adquirirem as formas de rosas ou de cravos,

Suas pétalas macias exalavam extasiantes perfumes,

Que atraiam casais enamorados e até criancinhas curiosas,

E ao menor descuido das flores que exibiam suas graças,

Pegavam as rosas mais lindas que entregavam às mamães

O jardineiro feliz acompanhava o florescer de mais flores,

Jasmins que brotavam nas cores amarelas ou brancas,

Ou a flor de lótus bem vermelha que despertava atenção,

E satisfeito contemplou então quem eram os admiradores,

Casais enamorados que suspirando faziam buquês de flores,

Ou mamães que entregavam às filhinhas botões graciosos,

E estas felizes corriam pelos campos espalhando as pétalas,

Até que a brisa levasse para as matas todos os perfumes.

Jairo Valio

09-02-2018

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