O SOL E O POENTE

Hoje meu olhar pousa,tristonho,
e lá no ocaso, lentamente desce,
quem sabe, recordando meu sonho,
que minha alma jamais esquece.

Fica sempre no mesmo lugar, incerto,
ali mesmo ele para e ali fica pousado,
talvez ele assim se sente mais perto,
daquele meu lindo sonho do passado.

Porque agora, se antes nada existia,
só as matas, por todo aquele arrebol,
me disse a alma, que essa fantasia,
e que existe algo lá,onde desce o sol.

Nunca considerei esse momento insano,
a visão deserta e triste desse cenário,
sei que bem perto dali, mora um cigano,
vem de lá o uivo , de um lobo solitário.

Lá na colina,lá onde o sol desaparece
as paisagens que milhares de vezes ví,
ainda bem que isso não me enlouquece,
a saudade de um amor que não esquecí.

Talvez more ali, saudade de uma boemia,
motivo para estar sempre relembrando,
ou lá estará, as rimas de nossa poesia,
então para lá , continuarei olhando.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 07/02/2018
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