Silêncio
Hoje preciso do silêncio,
das palavras não pronunciadas.
da taça de vinho cor de sangue,
das lágrimas agora derramadas.
Necessito do vento breve,
das carícias que não fizeste.
Das voz, do cheiro, do toque,
da verdade inversa.
Toque-me com um sussurro,
com o farfalhar das folhas.
Do menino matreiro.
...E naquele afago íntimo,
O mimo bem esperado.
Afinal prometeste.
Confio-te o poder. Palavras,
a palavra em silêncio,
Pode enviar, não mais me ver!
Marilu Fagundes