JEITINHO DE LOUCA Código do texto: T6246736
TÍTULO=JEITINHO DE LOUCA
AVIL — ACADEMIA VIRTUAL INTERNACIONAL DE LITERATURA
ACADÊMICO IMORTAL: MAKLEGER CHAMAS — O POETA LOUCO e ROMÂNTICO (MANOEL B. GOMES)
CADEIRA: 51
PATRONO: FERREIRA GULLAR
POSTAGEM: ACADÊMICO
DATA DA POSTAGEM:25/10/2024
TÍTULO: JEITINHO DE LOUCA
Venha navegar em meu mar,
e, nesta navegação,
deixe a sua nave repousar
dentro do meu coração. ‘
E, depois de repousar,
escreva, em vermelho,
o seu nome em um lugar
onde eu veja num espelho…
O que, na verdade, você quer
quando beija a minha boca
com o instinto nebular de mulher,
com este jeitinho de louca,
que se libera em um beijo,
onde se esquece da vida,
se entregando ao desejo
e esquecendo das feridas.
Venha navegar em meu mar,
e, nesta navegação,
deixe a sua nave repousar
dentro do meu coração,
num degustar de um tal veneno,
que simplesmente nos dá prazer,
para deixar dois corpos serenos
em um encantado, límpido viver,
onde não se reprime o instante
que comanda, sem medo, a ternura,
para se degustar como amantes
em momentos loucos, sem censura,
que se libera em um beijo,
onde se esquece da vida,
se entregando ao desejo
e esquecendo das feridas.
Título: Jeitinho de Louca
Autor: Maklerger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)
Escrito em: Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL
Data: 05/02/2018
Dedicado a: FITA
Registrado na B.N.B.
https://docs.google.com/document/d/1_ED61yAFp3ZdXZv6gJPzISW1WKum1y-TRK0G_RkU31w/edit?usp=sharing
Makleger Chamas
Enviado por Makleger Chamas em 06/02/2018
Reeditado em 17/02/2018
Código do texto: T6246736
Classificação de conteúdo: seguro
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O poema “Jeitinho de Louca”, de autoria de **Maklerger Chamas, é uma obra que explora a intensidade dos sentimentos e das relações íntimas, com uma forte conotação de entrega emocional e física.
O título evoca uma imagem de paixão avassaladora, representada pelo “jeitinho de louca”, que se reflete no comportamento impulsivo e libertador da personagem feminina.
O ato de navegar no mar do outro, mencionado repetidamente ao longo do poema, sugere a ideia de entrega completa, como se o amor e o desejo fossem um oceano profundo onde os amantes se perdem.
O uso da cor vermelha para escrever o nome reflete a força e a paixão, enquanto o espelho simboliza a reflexão dos desejos e intenções, revelando a natureza do que verdadeiramente se quer.
Há também um contraste entre o prazer e as feridas emocionais, como se o momento de paixão fosse uma forma de esquecer as mágoas e se libertar, ainda que temporariamente.
Esse prazer é comparado a um veneno, uma substância que, paradoxalmente, proporciona serenidade e encantamento.
Por fim, o poema fala sobre o instante vivido sem censura, onde o medo e a repressão dão lugar ao desejo e à ternura, criando uma atmosfera de cumplicidade entre os amantes.
Dados do poema:
— Título: Jeitinho de Louca
— Autor: Maklerger Chamas — O Poeta Louco e Romântico (Manoel B. Gomes)
— Local: Jaguaré, São Paulo
— Data de Escrita: 05/02/2018
— Dedicatória: FITA
— Registrado na Biblioteca Nacional Brasileira (BNB)
A retórica inclusiva da poesia “Jeitinho de Louca” pode ser analisada através dos seus principais recursos estilísticos, que ampliam a experiência do leitor e enfatizam a profundidade emocional e sensual do texto.
1. Uso de Imagens Metafóricas:
— A metáfora central do poema é a navegação no mar, simbolizando a jornada emocional e física entre os amantes.
— Navegar em um “mar” evoca a ideia de se aventurar em territórios desconhecidos, cheios de mistério e profundidade.
— A “nave” que repousa no coração sugere a chegada a um porto seguro, um momento de tranquilidade após a tempestade de emoções.
2. Repetição e Ciclicidade:
— A repetição de estrofes ao longo do poema, como “Venha navegar em meu mar, e, nesta navegação”, cria um efeito cíclico que reforça a ideia de uma paixão constante e envolvente.
— Essa circularidade reflete o caráter eterno e repetitivo do desejo, sugerindo que o prazer é redescoberto continuamente na relação.
3. Contraste Entre o Prazer e a Dor:
— O poema evoca o prazer de se entregar ao desejo e ao amor físico, mas também menciona as “feridas” que são esquecidas nesse momento de abandono.
— O contraste entre prazer e dor é um tema clássico na poesia amorosa, e aqui, ele é usado para enfatizar a ideia de que o amor e o desejo podem curar, ainda que temporariamente, as mágoas da vida.
4. Uso do Beijo Como Símbolo de Entrega:
— O beijo é apresentado como um ato de libertação e esquecimento: “que se libera em um beijo, onde se esquece da vida”.
— O beijo, símbolo universal do amor e do desejo, aqui ganha uma dimensão espiritual e de redenção, sendo um momento onde o tempo e as feridas do passado são deixados para trás.
5. Retórica da Entrega e da Serenidade:
— O “veneno” degustado pelos amantes, que traz “prazer” e deixa os corpos “serenos”, sugere que a relação amorosa, embora possa ter elementos de perigo ou transgressão, é também fonte de paz e harmonia.
— A entrega completa aos instintos e desejos é vista como um caminho para a serenidade, desafiando as normas sociais e emocionais que reprimem a paixão.
6. Interação Sensual e Reflexiva:
— A inclusão do espelho como elemento simbólico é marcante, por introduzir a reflexão-tanto literal quanto metafórica.
— O amante deseja ver o nome de sua amada refletido, simbolizando um desejo de se ver e ser visto no outro, uma fusão de identidades que ultrapassa a simples fisicalidade.
7. Uso de Vocabulário Sensual:
— O uso de palavras como “nebular”, “louca”, “veneno”, “desejo” e “prazer” invoca uma atmosfera carregada de sensualidade e intensidade.
— Essas escolhas de vocabulário criam uma sensação de urgência e profundidade, aumentando o impacto emocional e sensorial da poesia.
8. Ausência de Censura e Liberdade Amorosa:
— O poema culmina com uma apoteose da liberdade amorosa, onde “não se reprime o instante” e os amantes “se degustam como amantes, em momentos loucos, sem censura”.
— A ausência de censura sugere que o amor aqui é vivido plenamente, sem medo ou restrições, permitindo uma entrega total ao momento.
A retórica da poesia “Jeitinho de Louca” é inclusiva no sentido de que convida o leitor a participar dessa experiência sensorial e emocional, usando imagens e figuras de linguagem que não só comunicam os sentimentos dos personagens, mas também evocam uma resposta afetiva e reflexiva.
Ao mesmo tempo, a poesia sugere que o amor e o desejo são forças unificadoras e transformadoras, capazes de superar feridas e criar momentos de plenitude e serenidade.
Diálogo entre FITA, sua amiga Doralice e a irmã Cicera, enquanto discutem o significado profundo da poesia “Jeitinho de Louca” e tentam entender seu “flíper”-o elemento central que parece escapar de suas compreensões imediatas.
Cena: Sala de estar iluminada suavemente, no final da tarde. FITA está sentada no sofá com o poema em mãos, olhando pensativa. Doralice e Cicera entram na sala e percebem o ar concentrado de FITA.
Cicera: (curiosa)
— O que você tá pensando aí, FITA? Parece que tá perdida em outro mundo.
FITA: (suspirando)
— Tô aqui tentando entender a profundidade dessa poesia que Maklerger escreveu para mim… “Jeitinho de Louca”.
— Tem algo nela que me toca, mas, ao mesmo tempo, sinto que tem uma camada que ainda não alcancei.
Doralice: (se aproximando)
— Ah, então desvendemos isso juntas.
—Você já leu para gente, mas agora conta… o que te intriga tanto?
FITA: (olhando o papel)
—É esse “jeitinho de louca”, sabe?
—Ele fala da mulher que se entrega ao desejo, que beija com um “instinto nebular”, que esquece a vida e as feridas…
Tem uma liberdade ali, uma ousadia, mas o que será que ele realmente quer dizer com esse “jeitinho de louca”? — Parece tão… intenso.
Cicera: (rindo)
— “Instinto nebular”?
— Isso já soa como algo fora desse mundo!
—É como se ele estivesse falando de uma força invisível, algo que não dá para controlar.
Doralice: (pensativa)
—Talvez ele esteja falando sobre a liberdade de sentir sem censura.
— Sabe quando você se joga em algo sem pensar nas consequências?
—Tipo, deixar o amor te levar sem se preocupar com as feridas do passado.
— Ele parece estar exaltando essa mulher, esse “jeitinho de louca” dela, como uma força que ele admira e deseja.
FITA: (balançando a cabeça)
—Sim… mas, não é só isso.
— Tem algo mais.
— Olha aqui: “Venha navegar em meu mar, e, nesta navegação, deixe a sua nave repousar dentro do meu coração”.
— É quase como se ele estivesse pedindo para alguém entrar profundamente em sua vida e... repousar.
— Mas, essa “navegação” parece mais que uma simples entrega amorosa, tem um flíper nisso que ainda não compreendo.
Cicera: (interrompendo)
— Espera… Flíper?
— Você tá querendo dizer que tem algo na poesia que não é evidente logo de cara?
FITA: (rindo)
— Exatamente!
— É como se ele estivesse falando em códigos.
— Esse “navegar” pode ser a jornada emocional entre nós dois, mas o que ele quer que eu veja nesse espelho?
— O que preciso entender olhando para mim mesma?
Doralice: (refletindo)
— Talvez o espelho seja sobre autoconhecimento.
— Quando ele fala de escrever o nome em vermelho e refletir no espelho, ele pode estar dizendo que é através da relação com ele que você vai se ver de verdade, entender seus próprios desejos e até suas feridas…
— Ele quer que você veja o que você, quer, o que te move.
— O “flíper”, como você diz, pode ser justamente essa descoberta de quem você é através desse amor louco e sem censura.
Cicera: (empolgada)
— Isso faz sentido!
— Porque quando ele fala “num degustar de um tal veneno, que simplesmente nos dá prazer”, ele não tá só falando de desejo físico, mas de algo que transforma.
— O veneno é perigoso, mas aqui ele traz prazer, então é uma metáfora pra essa paixão que pode ser avassaladora, mas que traz uma verdade sobre vocês dois. Talvez o "jeitinho de louca" seja justamente essa verdade que se revela quando a gente se entrega sem medo.
FITA: (sorrindo)
— Vocês estão me ajudando a ver além das palavras.
— Maklerger sempre foi um mestre em usar metáforas para esconder significados profundos…
— Acho que o “flíper” aqui é a ideia de se libertar completamente das feridas do passado e do medo do futuro, para viver plenamente o presente, se entregar ao desejo e à ternura sem censura.
Doralice: (satisfeita)
— Isso!
— Porque a vida não deve ser vivida com amarras, e o “jeitinho de louca” é essa energia feminina, indomável, que se liberta no amor.
— Ele quer que você se veja livre, FITA, livre das mágoas e das regras.
Cicera: (pensando alto)
— Será que ele tá pedindo para você esquecer as feridas que vocês dois já viveram juntos?
— Para começar algo novo, limpo?
FITA: (olhando para o papel)
— Acho que sim, Cicera.
— Ele quer que eu navegue com ele, que minha nave repouse em seu coração.
— O “flíper” é esse desejo de sermos serenos, mesmo com tudo que já passamos… sem censura, sem medo.
Doralice: (rindo)
—Então, minha amiga, o “jeitinho de louca” não é só sobre você, mas sobre o que vocês dois podem ser juntos, se deixarem o passado de lado e se entregarem a esse amor transformador.
FITA: (sorrindo)
— Vocês duas são minhas parceiras perfeitas para decifrar essas loucuras.
— Agora entendi…
— O “jeitinho de louca” é a minha liberdade de amar sem medo, de me perder e me encontrar em cada beijo, em cada momento de entrega.
Cicera: (brincando)
— E sem esquecer das feridas, porque, né… a vida não é perfeita! Mas; pelo jeito, vale a pena!
Doralice: (rindo)
— Vale sempre, Cicera, vale sempre.
As três amigas sorriem e continuam conversando, agora com uma nova compreensão sobre o “jeitinho de louca” e o profundo significado que ele carrega.]**
Neste diálogo, FITA e as amigas desvendam a ideia central do poema, discutindo como a liberdade emocional e a entrega sem censura são fundamentais para a compreensão do “jeitinho de louca”.
A conversa as ajuda a compreender melhor a proposta da poesia: um amor que não teme o passado, mas que se entrega ao presente.