Como se olhasse o céu
Seguia-me com a ânsia de ser amado
e olhava-me como se olhasse o céu...
Sorviam os lábios um cálice de rum.
Havia na pele amor e enganos...
Seus olhos não me pertenciam.
Nem o casto sorriso numa tarde
insana.
Seguia-me com a ânsia de ser amado.
Pronunciava palavras úmidas nos dias
compridos e no silêncio das janelas
ao luar.
Tinha os dedos nas estrelas...
e um reinado feito de sonhos.
Com a ânsia de ser amado
entregava-me o céu e o sol
na primavera dos desejos.