Estranho, Tão Estranho

Estranho, tão estranho

perceber-se num universo

em poesia, em plena diária

expansão. Deixar adolescer-se

ao não sê-lo e prazerosamente

sentir tesão como se fosse aos

quinze... Apenas pequena foto,

não tão nítida, mas poderosos

versos escritos transbordantes

de alma, de perda sentida,

sofrida ainda a resignar-se,

aceitando a mão que afaga em

energia vibratória, ao sentir-se

calidamente tocada, com toques

de alma em sua alma. Primeiro

plano de vermelho galo no que

melhor lhe sabe o instinto de

dançar ao enlace do acasalamento,

que não vejo mas percebo...

Luz em noite enluarada que

rouba-me o sono e faz sentir-me

ao outro insone a desligar no

tempo... e no vento...

Brisa que acalenta em noite

quente ou gela-me o ser em

longa espera pela palavra

que não vem, mas quando

vem o sangue flui, circula

novamente em profusão a

ruborizar-me as faces pelo

despertar de lascivos loucos

pensamentos... Delícia Justa

que justifica toda espera, pelo

verso, pensamento, texto que

explode como um flash luz de

estrela/cometa ao cruzar de

ponta à pequena ponta em

tela que nos prende... Estranho,

tão estranho, perceber-se assim...

fabio fernandes
Enviado por fabio fernandes em 03/02/2018
Reeditado em 03/02/2018
Código do texto: T6243781
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