ÚLTIMAS RIMAS

Se eu pudesse, apagaria a solidão,
prenderia na palma da minha mão,
aí talvez,conseguisse sonhar.
Seria presa num frasco de marfim,
seria amarrada num pano de cetim,
para nunca mais ,ver o seu olhar.

Se a lembrança, pudesse prender,
tambem se pudesse tudo esquecer,
não seria de sua saudade cativo.
Faria com a vida esse contrato,
trocaria por matas e um regato,
passaria a viver num mundo nativo.

Dor que fere, e em continuar teima,
e sinto, até em meu sonho queima,
suportarei, até meus últimos dias.
Não tento mais,romper essa barreira,
deixarei que queime nessa caldeira,
as últimas rimas, de nossas poesias.



 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 01/02/2018
Código do texto: T6242385
Classificação de conteúdo: seguro