O ciclo
Talvez quando a repulsa se for, haverá doçura.
Quando o ressentimento se for, haverá perdão.
Quando ele se for, haverá saudade.
E existindo saudade, nos reencontraremos.
Então, juntos novamente estaremos, reacendendo nossa paixão.
Não haverá repulsa, ressentimento.
Desnecessário serão os perdões.
Não haverá ele.
Não. Não haverá reencontro.
Paixão, tão pouco amor.
Sejamos francos, nunca houve.
Surgirão novas repulsas, ressentimentos, inúmeros ele.
O ciclo é vicioso, recorrente, até que se quebre.
Até que não se tenha mais saudade, reencontros, beijos, sentimentos.
Até que não haja mais perdão.
Sobrando somente ele.
Talvez, o ciclo se quebre.
E as cortinas se fechem em definitivo.
Talvez, haverá paixão, haverá amor.
Com Ele, Eles, talvez.
Agora, as cortinas encontram-se fechadas.
Mas o público continua presente.
Espera-se o clímax final.
Enquanto eu, tolamente, espero por ti, uma ultima vez.