Culpados do amor

Ele:

Nós somos os culpados, nós poetas inventamos o amor...

Um amor que não conhecemos, um amor que não vivemos.

Apenas imaginamos o amor, existencial, superficial...

Que nos trás a beleza da vida, nos recorda uma paixão não existida.

Amor, és uma flecha, solta no ar à alcançar meu invólucro coração descrente...

Na insistência de não existir este momento que nunca chega na vida não vivida.

É o amor, criação dos poetas...

Acreditado nas mentes dos tolos à amar.

Sou poeta, nunca amei de verdade, somente tenho amor nas escritas...

No papel branco, amassado, manchado de lágrimas e suor.

Expurgado por sentimentos decorrentes do amor inexistente.

Te faço poemas meu amor...

Para não ficares tristes.

Manter sua esperança viva, no amor.

Distante fazendo-me próximo e ausente...

Meu amor inalcançável.

Teus olhos aprisionam o eco do adeus...

Volto ao teu encontro à procurar o amar.

Ela:

Muitas vezes quando brincava e era uma menina...

Buscava no horizonte um alguém, que nem sei quem.

Era algo que sabia existir e não conseguia encontrar...

Fui crescendo.

Muitas noites chegava à imaginar onde estarias ele...

Acredite, ele existe, mas não está me encontrando.

Parece que estou perdida em um deserto escaldante...

Eu quero sentir tudo que desejo e não encontro você.

Você está refletindo em sombras, luzes e pensamentos.

Minha bateria vai se acabar...

Eu não terminei de tentar invadir o seu lindo poema.

Tentativa insana de uma romântica escritora...

Em um súbito desejo do devorar em páginas de livros.

Estou à ser sugada, para dentro de um livro do amor verdadeiro...

Imagina ser sugada para dentro do livro e nunca mais poder voltar?

Somente saindo nos pensamentos...

De todos os leitores em um reflexo de liberdade.

À cada leitura...

À cada suspiro...

À cada fantasia...

Amor verdadeiro...

Aquilo que tanto desejo.

Uma prisão em letras...

As letras do amor.

Ele:

Te faço poemas meu amor...

Para não ficares tristes.

Te faço poemas meu amor...

Para manter a sua esperança viva, no amor.

Ela:

Não encontro você...

Desejo-te devorar.

À cada suspiro

À cada fantasia

Ele :

Te faço poemas meu amor...

Para não ficares tristes.

Te faço poemas meu amor...

Para manter a sua esperança viva, no amor.

Ela:

Amor verdadeiro...

Aquilo que tanto desejo.

Uma prisão em letras...

Às letras do amor.

Ele e Ela:

Nós somos os culpados, nós poetas inventamos o amor...

Expurgado por sentimentos decorrentes do amor inexistente.

Parece que estou perdida em um deserto escaldante...

Eu quero sentir tudo que desejo e não encontro você.

Te faço poemas meu amor...

Para manter a sua esperança viva, no amor.

Desejo ser sugada para dentro de um livro...

Dentro de um livro do amor verdadeiro.

Culpados do Amor.

Autores: Paulo Acácio Ferreira e Erika Schmidt Gasbarro.

Poema: Culpados do Amor

Autores: Paulo Acácio Ferreira e Erika Schmidt Gasbarro.

https://youtu.be/olY_GmhT7O8