ELVIRA

Elvira

Irmã do meu amigo

Meu amor platônico,

Por quem fui Édipo

Na minha paixão.

Mulher mais velha

Bancária diuturna

Universitária à noite.

Restando a domingueira

Pras nossas matines.

Desiludido pela verdade,

Revelado por terceiros,

Das nossas diferenças

Sociais e de idade,

Desencantamos de vez.

Tempos depois a encontrei

Com seu diagnóstico melanoma,

Acabado de receber naquele dia.

A consolei num almoço costumeiro

No restaurante do hotel Excelsior.

Nosso último encontro fatídico.

Um ano depois faleceu do mau,

Sepultada onde recebeu seus pais.

Num jazigo abandonado do Araçá.

Assim foi o amor não correspondido,

Deixando saudade nostálgica,

Até hoje na lembrança do passado,

Das perdidas ilusões que se foram.

Chico Luz

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 30/01/2018
Código do texto: T6240146
Classificação de conteúdo: seguro