O PRIMEIRO AMOR

Súbito atingido, indefeso coração

Os olhos que primeiro sofrem

Aturdidos por bela compleição,

Esfacelados os nervos colidem;

Logo nada se articula, estou mudo

Penso uma coisa, digo outra

Devaneio febril, desejável absurdo

Não faz parte de mim, coisa louca

Tanto querer, sentir, tudo ao mesmo tempo

Tomando conta, espaços preenchendo

Como posso viver e ao mesmo tempo estar morrendo?

Como aceitar de bom grado tão contrário sentimento?

Morto o coração, como segue 'inda batendo?

Se não digo que é amor, o que está acontecendo?

Anderson Roberto do Rosário
Enviado por Anderson Roberto do Rosário em 29/01/2018
Reeditado em 07/02/2018
Código do texto: T6239836
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