Olhos Noturnos.

Amor de face, olhos noturnos

Ferida que abre, tempo perdido

Paz que governa, solo sagrado

E vida vazia, sofrida distância.

Ver-te ó solidão rubra acautelar

Doem as palavras em algum começar

E não mais, no intenso repousar

Quero, estar próximo se me chamar.

ó sina, grau da maldita escuridão

traga, prata, num punhado de pão

me lance, na quimera dos leões.

Hoje, sou peste na negra estação

Ontem, eu fui mera, abreviação

Amanhã, eu morrerei no seu coração!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 27/01/2018
Reeditado em 29/07/2020
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