Fado Pelágico.
Amor que nas margens se faz eterno
Preso, desperta o seu grande interior
Que por morrer, sangra no soar cristalino
E renasce, nas madrugadas frias.
Fé calhorda, em ramos esmeraldinos
Grita, salta, de além sapateia
Às vezes, pelo céu sem estrelas
Embora disfarce, algumas proezas.
Mulher que me surge repentina
Teus olhos, migram a natureza
Endeusando flores mirabolantes.
Nesta vida, somos fado pelágico.
Atravessando inúmeros labirintos,
Pois junto de mim, sois a minha profecia!