Eterno-amor-sincero!
Você me pediu um verso
Em silêncio te faço esse poema e digo:
Se amar fosse crime, seria réu confesso
Seu beijo roubaria. Me chamariam bandido!
O teu olhar cor de mar amanhecido
Acalma meu coração instável
Que vez por outra dorme entristecido
Revolto com as ondas da vida, estático
Seu cuidado é bálsamo
Em meio a campos de concentração;
Espinhos, farpas e diárias táticas
Fomentam a fuga da solidão
Sinto o caos da falta sua aos domingos
E me entrego às lembranças e paixão
Como se rende o forasteiro aos inimigos
Em dias de invasão
Te peço em segredo:
Juras o teu amor eterno
E eu te prometo
Eterno-amor-sincero!
Dario Vasconcelos