MAGIA
Levantei com os olhos deitados pra chorar,
o corpo cansado de tanta coragem,
súbito tomado de vagarosa saudade
a calar lágrimas taciturnas e cantar
que eu não te vi chegar na escuridão
da luminosa pedra que palpita
e talhar teu nome em verbo que evita
de significado clarear o apagão,
prostrado em café e pão alvitro
o inexorável compromisso que me fará
temer cada hora em monossílabo
onde existo no vazio que separará
minha ausência sonora e fria
do teu nome risonho que é Magia!