APARÊNCIAS
Pra lhe ser sincero,
acho-me, triste e solitário,
apesar das aparências não confirmarem
minha realidade de vida.
Assim, faço da poesia,
um artifício para me extravasar
um pouco, de tudo aquilo que me apavora.
De tudo que me deixa sem razão de ser.
De tudo que meu interior aflito,
não pode dizer em público.
Escrevo por que preciso sobreviver,
pois de outra forma,
isso não me seria possível.
Assim juntando letras
e formando novas palavras,
vou me iludindo, vou me diluindo,
enquanto o tempo vai passando.
Meus sonhos são tantos,
que já não sei se choro ou se canto,
se rio ou me desfaço em prantos.
Pois, pra lhe ser sincero,
acho-me, triste e solitário,
apesar das aparências não confirmarem
minha realidade de vida.
Brasília de Minas (MG), 17 de janeiro de 2018.