Delírio

Despertei na tua alma

e não me reconheci…

observei gestos e palavras

vi apenas flores secas

e pedras sem valor.

Sonhei silêncios

sem nada dizer

Não havia domínio

nos meus passos...

Havia?

Lágrimas caíam dos olhos

perdidos em mentiras

e revestidos de medo.

O sol libertou-me

de todas as queixas.

Reconheço esta manhã

Quero sair de ti não voltar.

Dancei em círculos no espaço.

O corpo veste uma nova alma

Não mais desejo abandonar-me.

Desconheço-me neste delírio

sem poesia tatuada nas costas.

Pedro Porta
Enviado por Pedro Porta em 24/01/2018
Reeditado em 24/01/2018
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