Eu seria um louco se eu não te amasse!
Eu seria um louco se eu não te amasse!
Meus olhos, meu coração já havia te avistado, e os jardins do teu sorriso eram tudo pra mim. O Porto seguro do teu abraço, era o meu desejo constante. Ser percebido caminhando nas avenidas do teu olhar, era meu intento. Eu seria um louco se eu não te amasse! Foram os teus sorrisos desatentos ao meu apreciar, que trouxeram-me para fora dos mares revoltos dessa solidão humana. Teus olhos foram faróis, e pela primeira vez não tive medo de enfrentar as correntezas das minhas incertezas,e acabar batendo nas rochas da frustração. Lembro-me com muita paixão daquele encontro em meio ao acaso, tua voz serena, tua mão macia, teu rosto corado, talvez pela timidez que nos envolvia. Os corredores da Universidade, foram as passarelas que trouxeram à mim. Recordo-me vagamente da música: “Oceano” de Djavan, tocando próximo de onde estávamos, noite fria e amena, o que nos proporcionou um abraço aconchegante e aprazível. Se dependesse somente de mim, teu abraço seria o cais de onde eu jamais partiria. Logo eu, o dramático canceriano que tem pavor dos venenos das paixões e sentimentos deste século, completamente preso aos tentáculos de um QUERER avassalador de uma escorpiana… E o que é absurdamente irreal: Longe dela, eu sinto que perco os sentidos, a razão de ser. Seu veneno têm outras consequências em mim, e eu não quero ser curado, não quero Antiescorpiônico, na verdade eu quero mais, mais desse amor devasso, desse sentimento teimoso, quero mais desse estado de ardência na pele, todas as vezes que nossos corpos se encontram.
Eu não preciso de tabela periódica para entender que: A química que há entre nós, têm as melhores ligações.
Os jardins que eu tanto desejei e idealizei, estão todos aqui neste paraíso que há em ti… Digo adeus aos meus tantos invernos, e amo demasiadamente as primaveras que tu me trazes!
(Hámilson Carf)