Entre Deuses

Como Orfeu a todos encanta

Uma alma condenada ao amor

Presa na solidão dos homens

Deseja , mas só recebe dor.

Rastros apagados com o orvalho

Mãos congeladas do inverno

Olhos castanhos carvalho

Brilham sem carinho terno.

Sonhos levados com o vento

Lembranças do que suportou

A inocência lhe foi roubada

A pureza o mundo tomou.

Essência de Afrodite

Perfume de uma doce flor

Veste o véu da vida

Mas na morte já se afogou.

Cabelos vermelhos queimados

Luxuria para acompanhar

Pássaro de asas cortadas

Presa só lhe resta sangrar.

Nobre mortal apaixonada

Nas garras do amor sucumbiu

Amor puro puro interrompido

Que nos zelo dos Deuses caiu.

Sueli Zubinha
Enviado por Sueli Zubinha em 21/01/2018
Código do texto: T6231864
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