Miserável amor

Olhei em vossos olhos e amei-lhe em silêncio

Pois não havia outra forma de viver este amor

E a angustia aos poucos me consumia

A mais cruel forma de carregar esta dor.

E nem mesmo um rompante frio me afastaria

Daquela a quem meu coração agora pertencia

Adeus aos dias de batidas constantes

A lágrimas e poesia se tornaram amargas amantes.

Pois em seus suspiros encontrei meu ar

E em minhas palavras vi a emoção em ti brotar

Alheio a minha razão, preso por vossa honra

Corrompido pelo coração, te devoto desde a aurora.

Quando a noite chega e o frio assombra meu corpo

Gélido, sem seu toque ou palavras de acalento e calor

Sofro como um miserável, que não pode se apaixonar

Enxergando e guardando-te, porém sem nunca lhe alcançar.

Sueli Zubinha
Enviado por Sueli Zubinha em 20/01/2018
Código do texto: T6231027
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