Degrau
Nesse corpo que me emprestas
no justo degrau, eis que tantos
foram e tantos ainda virão,
habita bacante alma libidinosa,
que, faltando-lhe coragem
ao real, viaja em pensamentos
seus fantasiosos enredos, no
campo onde há liberdades,
não há medos, tudo é passível,
tudo é permissível...
Ancorada em mercadológico
ilusório, faz cortina de fumaça,
vende o que não entrega ou
entrega sob condição...
Sem conhecer o passado,
aguarda o próximo passo,
alguma explicação, talvez,
sê necessário, o perdão,
no próximo degrau...