NADA!
Depois de tanto tempo
não demos existência a nada,
e ele, o nada, aproveitou-se
do tempo e nos soterrou no passado.
Se perguntarem não sei responder
se foi maus-olhares e presságios,
sei que do que vivemos nada do
nada nos faz saudades.
Confesso devo me entregar
aos atos de contrição afinal
fui coparticipante ao bebermos
a gota do orvalho frio...
Ademais, julgamos que o amor
era um fogo que ardia sem sentir
mas que ironia, entre nós
nunca houve prazer inteiro...
E vivemos, por assim dizer,
sem nada saber das maravilhas
contidas em um sentimento, quem
sabe aprendamos com a parte do
passado que existe no presente...