Sempre Tem Quem Quer
Outro dia eu espreitava a natureza em seu esplendor,
então observei como o mar era apaixonado pela areia.
Inteligente ele encontrava como demonstrar seu amor,
levando seus beijos em cada onda que tocava a beira.
Ela se achando única, aquele amor até esnobava.
De vez em quando ele algum presente lhe trazia.
Se fosse uma ostra com pérola ela nunca rejeitava,
Mas uma simples conchinha noutra onda devolvia.
Aquela areia se julgava única dona de seus desejos,
mas lá distante havia uma ilha que ao mar adorava
e quando o mar para a areia não trazia seus beijos
era porque lá do outro lado aquela ilha ele abraçava.
jan/2.007
Fernando Alberto Salinas Couto