CONFESSIONAL
Não desejo um amor que me perturbe
E que em mim se infiltre causando danos...
Não desejo uma paixão que me enlouqueça
E que inunde minha alma de alegorias...
Desejo um amor que me renove, sempre!
Mas que não seja como o Sol e a Lua, constantes...
Desejo uma paixão que arrebate de mim sabedoria
Para que possa eu apaixonar-me pelo que é excelso!
Não desejo um amor que me faça vítima da dor
E que me enclausure num constrangimento íntimo...
Não desejo uma paixão que me queime a razão
E me carregue para um deserto onde não haja oásis...
Desejo um amor enfeitiçado da paixão sublime, etérea...
Que me faça juiz de mim e que não se denomine miséria!
DE Ivan de Oliveira Melo